Você sabe o que são pólipos do estômago? Os pólipos são alterações encontradas no trato digestivo, algumas massas de células se formam nas mucosas (revestimento interno do estômago). Os pacientes com pólipos raramente têm sintomas físicos, em alguns casos eles podem sentir obstruções e dores no estômago e sangramento. Geralmente, a condição é detectada através de uma endoscopia digestiva alta (exame que capta imagens no estômago).
Essa condição é encontrada entre 2 e 6% nos exames de endoscopia, sendo mais comuns no sexo feminino a partir de 65 anos. Pode surgir esporadicamente ou ser oriunda de uma condição hereditária.
Leia esse post para descobrir quais são os tipos de pólipos e quando devo procurar por ajuda profissional!
Quais são os tipos de pólipos?
Existem três tipos de pólipos: os adenomatosos, de glândulas fúndicas e hiperplásicos. Sabemos que a presença dessa condição pode ser detectada durante o exame de endoscopia e que os procedimentos para o tratamento ou remoção podem ser feitos endoscopicamente. Veja abaixo como cada um se manifesta e seus possíveis tratamentos.
Pólipos adenomatosos
Os pólipos adenomatosos têm maior potencial para evoluir para um tumor maligno. Ao serem descobertos, devem ser removidos por meio de uma endoscopia.
Geralmente, esse tipo de pólipo tem associação com a Polipose Adenomatosa Familiar, Doença de Ménétrier e gastrite atrófica crônica com metaplasia intestinal. Devido a alta possibilidade de evolução para um câncer gástrico, deve ser feita uma ressecção dos pólipos. Em casos graves, uma cirurgia deverá ocorrer. Veja aqui outras formas de prevenção ao câncer gástrico.
Após essa ressecção, é necessário que seja feito o exame endoscópico de controle 1 ano após o procedimento, e posteriormente a cada 3 a 5 anos.
Pólipos de glândulas fúndicas
Esses são os tipos mais comuns, encontrados com mais frequência entre as mulheres de meia idade. No exame para a detecção dos PGFs (Pólipos de glândulas fúndicas), é possível encontrar entre um e múltiplos pólipos.
Pólipos hiperplásicos
Esse tipo está associado a manifestações infecciosas ou inflamatórias no estômago, como gastrite crônica ou gastrite pela bactéria H. pylori. Com o tratamento desses distúrbios, esse tipo de pólipo pode desaparecer em conjunto com a doença.
Os hiperplásicos podem ter ligação com o aumento do risco de câncer gástrico, pois ele possui elementos displásicos (crescimento de células com anomalias). É possível encontrar neoplasia focal (tumores) nos pólipos maiores que 1,0 cm ou do tipo pediculados.
Quando pólipos hiperplásicos forem maiores de 0,5 cm e 1 cm, para alguns protocolos é recomendado a polipectomia (remoção completa dos pólipos).
Como é feita a polipectomia?
A polipectomia é realizada similar a uma endoscopia. O endoscópio é um tubo flexível e estreito com uma câmera na extremidade. Para a execução do procedimento, o aparelho será equipado com instrumentos capazes de fazer a remoção dos pólipos.
Assim como uma endoscopia, essa intervenção é pouco invasiva e indolor, pois antes o paciente será anestesiado. O procedimento pode levar em torno de 30 minutos, dependendo da quantidade de pólipos.
Cuidados pós-polipectomia
Apesar de ser um procedimento pouco invasivo, após a polipectomia, os pacientes devem seguir alguns cuidados para evitar qualquer complicação.
Deve evitar:
- Ingestão de alimentos gordurosos;
- Consumo de álcool, bebidas gaseificadas e café;
- Atividade física até 12 horas seguintes ao procedimento.
Deve fazer:
- Refeições de fácil digestão;
- Beber água;
- Esperar 2 horas ou mais após a extração dos pólipos para o consumo de alimentos.
Fatores de risco
Algumas condições podem facilitar a proliferação dos pólipos no organismo. Veja abaixo alguns fatores de risco:
- Ter idade superior a 50 anos;
- Tabagismo;
- Obesidade;
- Uso de medicamentos antiácidos;
- Doenças pré-existentes, como refluxo esofágico, esofagite, pangastrite e gastrite.
- Polipose adenomatosa familiar.
Relação com uso de medicamentos sem prescrição
Infelizmente, muitas pessoas ainda fazem uso de medicamentos sem indicação médica e, por isso, acabam adquirindo doenças devido a esse uso imprudente. Medicamentos antiácidos podem facilitar a manifestação dos pólipos no estômago. Por exemplo, o omeprazol é um remédio que entrou para o cotidiano do brasileiro como uma solução para desconfortos abdominais. Contudo, esse fármaco diminui a acidificação no estômago, sendo extremamente necessário no tratamento das úlceras e da gastrite, mas a falta do ácido presente no suco gástrico permite o desenvolvimento dos pólipos.
Prevenção dos pólipos
Considerando os agentes causadores já citados, um estilo de vida saudável ajudará a evitar que essa patologia seja disseminada em seu estômago. Para manter-se com uma boa saúde, é necessário ter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios, evitar o fumo ativo/passivo, consumir bebidas alcoólicas com moderação e controlar a ansiedade e o estresse. Vejo mais aqui sobre como evitar a gastrite nervosa.
Conte com o CPE!
O Centro Paulista de Endoscopia é especializado em endoscopia digestiva alta. Como vimos, exame essencial para o diagnóstico dos pólipos no estômago.
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