Azia, queimação, dor torácica, tosse seca… Se você sente esses sintomas, é importante que conheça a condição do Esôfago de Barrett!
Essa doença está associada aos pacientes com refluxo gastroesofágico (RGE), quando o ácido produzido pelo estômago começa a atingir as porções inferiores do esôfago. A conscientização para a prevenção da doença é essencial visto que ela caracteriza-se como uma lesão pré-cancerosa, que pode ter suas complicações evitadas com o diagnóstico precoce e/ou tratamento adequado. Neste artigo, você irá entender melhor sobre o Esôfago de Barrett, suas causas, sintomas e tudo sobre como é feito o diagnóstico e o tratamento. Boa leitura!
Afinal, o que é o Esôfago de Barrett?
A condição do Esôfago de Barret é um problema do aparelho digestivo no qual o tecido que reveste o esôfago sofre alterações em suas células, tornando-se um tecido semelhante ao de revestimento do intestino. Chamamos esse processo de metaplasia intestinal.
O esôfago é o tubo muscular que transporta alimentos e líquidos da boca para o estômago. Assim, quando o paciente apresenta algum problema de refluxo no estômago, aumenta a produção de ácido no órgão, fazendo com que o líquido retorne à parte inferior desse tubo.
Isso resulta em inflamação do esôfago ou esofagite, além de causar o que chamamos de Esôfago de Barrett.
Relação entre o refluxo gastroesofágico (DRGE) e o esôfago de Barrett
Entre 5 e 10% dos pacientes com refluxo gastroesofágico (DRGE) desenvolvem o esôfago de Barrett, já que o refluxo causa a acidificação do esôfago. Dessa forma, podemos citá-lo como o principal fator de risco.
Outras causas relacionadas também são o tabagismo e a obesidade, principalmente quando o paciente apresenta grande quantidade de gordura abdominal. Estudos também já mostraram que alguns fatores genéticos ou adquiridos podem estar associados.
O alerta para o esôfago de Barrett é essencial, já que os portadores têm maior risco para um tipo raro de câncer, o adenocarcinoma de esôfago. Portanto, vamos conhecer os sintomas, a seguir.
Quais os sintomas do esôfago de Barrett
Como a DRGE é sua principal causa, os sintomas geralmente estão associados com a condição. Podemos dizer, no geral, que os principais são:
● Azia e queimação;
● Sabor amargo ou metálico na boca;
● Regurgitação;
● Dores no peito;
● Arrotos frequentes;
● Tosse;
● Rouquidão;
● Disfagia;
● Hemorragia digestiva.
Entendendo como é feito o diagnóstico
O jeito mais comum de diagnosticar o esôfago de Barrett é por meio da endoscopia digestiva alta (EDA).
Nesse exame, é inserido um tubo chamado de endoscópio, com uma câmera na extremidade, na cavidade oral do paciente que estará sedado. As imagens são transmitidas para um monitor, permitindo que o médico gastroenterologista observe o revestimento do esôfago.
Para um diagnóstico preciso, também é retirada uma amostra do esôfago para biópsia.
Qual o tratamento para esôfago de Barrett
O tratamento para a condição é orientado caso a caso pelo médico gastroenterologista após confirmação do diagnóstico.
Estágio inicial
Em casos mais simples, o uso de medicamentos para reduzir a acidez estomacal e os sintomas de DRGE, como o Omeprazol, pode ser eficaz, combinado com cuidados na alimentação.
Entre eles, alimentar-se com mais alimentos in natura ricos em nutrientes e evitar os gordurosos, de difícil digestão, refrigerantes, bebidas com gás e alcoólicas. Dessa forma, é possível conter o refluxo gastroesofágico para evitar novas lesões
Estágio avançado
Em casos mais avançados, opções com métodos endoscópicos como ablação por radiofrequência podem ser necessários para o controle dos tecidos que sofreram mutações e destruir células cancerosas e pré-cancerosas
Por fim, a cirurgia de Esofagectomia também pode ser considerada e é feita removendo a área afetada do esôfago, reconstruindo-a com parte do estômago ou intestino grosso. Apesar disso, esse último método pode trazer complicações e, por isso, terapias endoscópicas são preferidas pela maioria dos médicos.
Prevenção do esôfago de Barrett
Ter uma vida saudável, com alimentação balanceada, manutenção do peso e evitar o sedentarismo é essencial para garantir sua saúde em qualquer situação. No caso do esôfago de Barrett, também é importante avaliar a presença de casos de câncer de esôfago na família.
Mas a melhor forma de evitar o esôfago de Barrett é se prevenir por meio de exames de rotina com seu médico, principalmente se existir os sintomas de refluxo e outros citados.
Já deixou seus exames em dia? Conte com o Centro Paulista de Endoscopia! Será um prazer te ajudar.
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